O Pinheiro-do-Paraná fornece uma fonte de alimento muito importante, a sua semente, conhecida como pinhão. O pinhão, que garante a alimentação de muitas espécies animais, principalmente roedores e pássaros, também é item obrigatório no cardápio de outono e inverno em milhares de residências do Paraná. O apetite humano por esse fruto pode, inclusive, funcionar como o principal aval para a perpetuação da araucária, que, derrubada sem piedade para a extração de madeira, figura entre as espécies mais ameaçadas de extinção no Bioma Mata Atlântica. A importância sócio-econômica do pinhão para o interior do Paraná, sobretudo para as regiões de maior pobreza, reveste esta espécie para um grande apelo, pois representa uma fatia bastante expressiva do emprego e renda, com fortes impactos na qualidade de vida de um grande contingente de pessoas, tanto na produção como na comercialização deste produto. A polpa é a parte comestível, muito dura crua, e deliciosa quando cozida, formada basicamente, de amido que também é encontrado na mandioca, batata, arroz, feijão, milho e trigo, todos os alimentos ricos neste carboidrato. A farinha de pinhão, produzida apenas artesanalmente devido a pouca expressão comercial, permite a confecção de broas, tortas e pães. Nas regiões onde ainda restam Araucárias é comum o preparo do pinhão cozido em conserva de salmoura e vinagre. O pinhão pode ser também misturado a saladas ou molhos para carnes. A semente do pinhão é obtida através do cruzamento entre uma araucária macho e outra fêmea, visto que o pinheiro é uma espécie dióica, a polinização se da pelo vento, e começam a produzir a partir do mês de abril, podendo produzir até o mês de agosto.
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